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19 de setembro de 2011

O BRASIL E SEU ESTRATÉGICO NIÓBIO


HOJE E O FUTURO




O nióbio serve hoje para manter o domínio tecnológico e a qualidade de vida dos países da OCDE. Sem nióbio não existiriam aços especiais, supercondutores, ligas para os programas espaciais mundo afora; talvez nem aviões a jato ou satélites.


O nióbio já hoje é essencial para a humanidade. Ele  tem elasticidade e flexibilidade que o tornam moldável. É um agente anti-corrosivo. Resiste aos ácidos mais agressivos.


Mesmo submetido a elevadas temperaturas, oferece alta resistência à combustão. A baixas temperaturas, se converte em supercondutor. É essencial na indústria nuclear. Suas ligas são usadas na fabricação de magnetos para tomógrafos de ressonância magnética.


Na indústria do petróleo, serve para compor ligas de aço destinadas ao fabrico de tubos para condução de líquidos, desde água até petróleo. Também serve para fabricar cerâmicas eletrônicas, em lentes para câmeras, jóias e até artigos de beleza.


Na indústria aeronáutica, o nióbio é empregado na produção de motores de aviões a jato, e equipamentos de foguetes. O trem bala dependerá do nióbio em vários processos de sua montagem e implantação.


Entretanto, a maior aplicação do nióbio está no por vir. Segundo Ronaldo Schlichting, seria por isso que existe toda uma pressa na transferência da maior quantidade possível desse metal, a preços vis, para o exterior.


O Brasil envolveu-se com o Projeto ITER – Reator Experimental Termonuclear Internacional, graças à reserva de nióbio localizada em Minas Gerais, considerada a maior do mundo. O metal, um poderoso condutor, passou a ser usado para construir molas -(bobinas)- gigantes e gerar um campo magnético para conduzir o processo de fusão nuclear dentro do reator.


Com este magnífico feito o homem passaria a dominar também o fogo termonuclear, aquele que ocorre no interior das estrelas pela fusão de átomos de hidrogênio a uma temperatura de 15 milhões de graus centígrados, gerando hélio e uma brutal quantidade de energia limpa, barata e inesgotável, pois, o trítio isótopo pesado do hidrogênio usado como combustível é abundante na face da Terra na forma de água pesada.


Assim, as usinas termonucleares limpas e muito mais seguras que as nucleares, geradoras de energia farta e barata, se multiplicariam sem restrições pelo planeta exigindo milhares de toneladas de nióbio puro para manter o fogo solar aceso.


Para ele, “o governo precisa cuidar das nossa reservas de nióbio a ferro e fogo porque o preço de metal, num futuro próximo, deverá ir ao espaço na bolsa de metais de Londres”.


RESERVAS DO BRASIL


As reservas nacionais medidas de nióbio aprovadas pelo DNPM totalizam 842.460.000 ton de minério, com teor médio de 0,71%, ou 5.986.636 ton de nióbio contido. Elas estão concentradas nos Estados de Minas Gerais (64,45%), Amazonas (33,94%) e Goiás (1,61%).


Nióbio


Analisando o total de reservas nacionais de nióbio, o percentual de participação dos Estados, com relação à soma de suas reservas medida, indicada e inferida, aponta em primeiro lugar o Amazonas, cujas reservas de nióbio representam 82,77% do total do país e estão localizadas no município de São Gabriel da Cachoeira.


Ou seja, das reservas mundiais de mais de 4,3 bilhões de toneladas efetivas, o Brasil possui SÓ 4,2 bilhões de toneladas, ou 98% do total. Mesmo assim, a produção mundial aproximada de nióbio é de 90% no Brasil e 10% no Canadá.


As maiores jazidas mundiais de nióbio estão no Amazonas (São Gabriel da Cachoeira) e em Roraima (na famosa Reserva Raposa – Serra do Sol).


Só São Gabriel da Cachoeira deteria, de acordo com o próprio governo, 2,9 bilhões de toneladas do minério e está localizada bem próximo à fronteira coma  Colômbia. Abaixo, a localização de São Gabriel da Cachoeira:



(Clique na imagem abaixo para ampliação)

Nióbio

A localização de São Gabriel da Cachoeira no Google Maps.


Considerando-se apenas o teor médio nacional de 1,04 %, seriam inimagináveis 43.683.316 toneladas de óxido de nióbio, com alto grau de pureza – 99,9%. Valendo US$ 20.000,00 / tonelada, perfazem um montante de impressionantes US$ 873,7 bilhões.


Dá para entender que é muito barato para os EUA gastarem algumas centenas de milhões de dólares na montagem dessa estrutura toda (as bases na Colômbia) e estarem "do lado" de um tesouro dessas proporções?


Agora, o Brasil, sendo virtualmente o único detentor do nióbio no mundo, não deveria estabelecer o preço desse minério no mercado de acordo com seus próprios interesses?


Não deveríamos, ao invés de exportar minério bruto, atrelar o abastecimento mundial desse mineral estratégico à mais ampla transferência de tecnologia dos países desenvolvidos para a nossa indústria?


Não teríamos, dentro de alguns anos e com maciços investimentos em educação/qualificação profissional, a capacidade de abastecer o mundo com ligas metálicas dos mais variados tipos 100% Made in Brazil?


Na comparação que fazemos sempre entre o petróleo cru no barril e o petróleo já com valor agregado em 40 vezes, um barril equivalente saltaria de US$ 100 para US$ 4 mil.


Como o valor do nióbio é muito mais estratégico para a humanidade que forminhas de plástico para guardar alimentos no freezer, podemos multiplicar essa agregação, digamos, só para dar uma ideia da bobeira brasileira, em mais 5 vezes = 40 x 5 = 200.


Isso se usarmos o metal para fins mais nobres e de alto valor científico do que tubos transportadores de água e petróleo a longas distâncias. Como exemplo, sabemos que o nióbio se converte em um supercondutor quando reduzido a temperaturas criogênicas.


Portanto, nessa comparação entre o nióbio bruto e puro com valor agregado em 200 vezes, esse quilo equivalente saltaria de US$ 20 mil para US$ 4 milhões por tonelada, ou US$ 4 mil o quilo.


Assim, nossas reservas de nióbio hoje estimadas em algo como US$ 873,7 bilhões, passariam a ser tratadas pelo valor de US$ 174,74 trilhões. Esse minério agregado valeria 86 vezes o PIB brasileiro de 2010.


Contudo, essa cotação de US$ 20.000 a tonelada para o óxido de nióbio é muito baixa. Daria apenas US$ 20 o quilo. Fala-se de US$ 90, de US$ 180, de US$ 400 e até de US$ 1.200 o quilo, que seria US$ 1,2 milhão a tonelada.


Nesse extremo de US$ 1,2 milhão a tonelada (60 vezes mais que os US$ 20.000 a tonelada), as nossas 43.683.316 toneladas de óxido de nióbio valeriam a cifra de US$ 52,422 trilhões.


Se passarmos a uma agregação média de 200 vezes com as superligas, etc, chegaremos à mais ainda inacreditável cifra de US$ 10,484 quatrilhões!


Isso já equivale a fantásticas 5.160 vezes o PIB brasileiro de 2010. Afinal, quanto vale o nosso nióbio? Mais ainda, o que queremos para o Brasil?




A FUNÇÃO DO LEGISLATIVO

Essas opções de recursos também poderão ser desenvolvidas e apresentadas à avaliação do LEGISLATIVO no próximo Congresso Nacional, que poderá criar leis específicas para a destinação de verbas para os 3 Comandos e o Ministério da Defesa já a partir de 2012.


Ressalte-se que o Congresso deverá aprovar uma Lei que vincule a devida aplicação de todos os recursos, impossibilitando cortes futuros de terceiros de modo a não prejudicar, irresponsavelmente, o planejamento e  seus empreendimentos construtivos de longo prazo. Outra opção, recentemente levantada, refere-se ao recolhimento direto desses impostos do MD junto aos seus pagadores.

Esse será  um enorme progresso e uma vitória para qualquer planejamento a ser feito no Brasil, inclusive sobre os absurdos, irresponsáveis e irrecuperáveis contingenciamentos de projetos (como o do FX-2) sendo feitos desde 2003, e mais ainda sobre os Royalties da MB.

Ressalte-se, por último, que o Projeto de Lei nº 5.520/2001, do ex-Deputado Federal Clementino Coelho (PPS-PE), retira dos municípios e estados produtores de petróleo os benefícios dos Royalties advindos da Plataforma Continental, basicamente, pelo mal uso que vem sendo feito de tão importantes verbas.


Reconhecidamente, os Municípios beneficiários nem de longe aplicam esse dinheiro como deveriam, já que ele não vem sendo empregado em saneamento e melhoria urbana, e muito menos em saúde e políticas sociais.



A maioria apresenta problemas como fraudes, corrupção e tráfico de influência, tudo rezando pela manutenção dos elevados índices de miséria e desajustes sociais de toda ordem.

Passariam a receber tais Royalties o Comando da Marinha, o Ministério da Ciência e Tecnologia e um fundo especial para os Municípios
e Estados da federação para distribuição, sob um argumento simples: os recursos naturais pertencem à União e por isso todos os entes da federação deveriam ser beneficiados. Encontra-se hoje arquivado à espera de momento oportuno e interessados, caso seja necessário.



FONTES & LINKS

Economia BR - Produção de Petróleo

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