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6 de fevereiro de 2012

Eurocrise: últimas notícias-Impasse pode derrubar governo grego

Sem conseguir negociar acordo com UE, FMI e bancos, Papademos pode ser segundo governante a perder o poder em três meses

Segunda, 06 de Fevereiro de 2012, 03h09
JAMIL CHADE , CORRESPONDENTE/GENEBRA
As principais forças políticas gregas não conseguem chegar a um acordo e o país corre o risco de ver a segunda queda de um governo por conta da crise em menos de três meses e de ser obrigado a decretar moratória. O fracasso colocou os líderes europeus em estado de alerta e analistas já apontam que o mercado poderá ter hoje um dia de turbulência.

Hoje, uma nova reunião deve ser convocada. Mas fontes envolvidas na negociação admitem que as posições estão distantes. No fim de semana, ministros europeus deixaram claro aos gregos que apenas aprovarão um novo pacote se uma nova rodada de medidas de austeridade for aprovada, incluindo uma redução de salários de até 25%.

A Grécia corre o risco de ficar sem dinheiro em seus caixas já no próximo mês e, por isso, precisa de um novo pacote de resgate de 130 bilhões por parte dos europeus. Em um fim de semana tenso, a UE, o FMI e os bancos privados alertaram que as exigências teriam de ser cumpridas se os gregos não quisessem ver o país quebrar.

Além do corte de salários, as novas exigências incluem o fim de bônus de fim de ano, reforma no mercado de trabalho, corte de gastos e aumento de impostos. Mas as principais forças políticas no país rejeitam as novas exigências, alertando que apenas farão com que a Grécia aprofunde sua recessão.

Luca Papademos, o primeiro-ministro que assumiu o poder com a tarefa de superar as brigas domésticas e formar um governo de união nacional, tentou ontem convencer os líderes durante mais de cinco horas de reuniões de que o pacote deveria ser aceito para evitar uma quebra. Mas nem a esquerda e nem os conservadores acataram o plano europeu.

As negociações devem continuar hoje. Mas observadores em Atenas admitiram ao Estado que a situação já é ameaçadora e a queda de braço entre a UE e a Grécia poderia acabar com o colapso do governo e uma eventual saída do país da zona do euro. O próprio ministro das Finanças, Evangelos Venizelos, chegou a alertar que a reunião de ontem seria "decisiva" e que o mundo "não esperaria mais um dia" para ver se as lideranças gregas chegariam a um acordo. "O momento é muito crucial. Tudo deve estar terminado até domingo pela noite", alertou.

O prazo dado pelo próprio governo não foi cumprido. Nos bastidores, Papademos já indicou que, se o atual projeto não for alvo de um acordo, ele deixaria o poder, o que abriria uma crise política que muitos acreditam que levaria a uma moratória. "A UE pede mais recessão do que o país pode suportar", afirmou Antonis Samaras, líder dos conservadores, ao deixar ontem a reunião com Papademos.

Na mesa, os gregos se deparam com um pacote draconiano. A UE exige um corte de 25% nos salários do setor privado, uma redução de 35% nas pensões e a eliminação de cerca de cem estatais e autarquias do Estado, o que representaria uma explosão do desemprego, que já beira 18%.

Segundo o FMI, isso tudo ajudaria os gregos a reduzir gastos de 4,4 bilhões. Mas para Samaras, isso apenas conduzirá a Grécia a um quinto ano de contração de seu PIB.

Na sexta-feira, o primeiro-ministro já havia fracassado em convencer a UE e o FMI a cederem em algumas de suas exigências. Um dia depois, os gregos ouviram dos ministros europeus um recado claro em uma teleconferência: ou as novas medidas de austeridade são implementadas, ou o país deve se preparar para uma quebra já no próximo mês.

Jean Claude Juncker, presidente do bloco dos países que usam a moeda única, alertou que o fracasso nas negociações pode ter implicações sérias para a zona do euro, se não for superado nos próximos dias.

Negociadores admitiram ontem que já esperam um dia de turbulência nos mercados, diante da notícia do impasse em Atenas. Até 20 de março, a Grécia terá de encontrar 14,5 bilhões para honrar suas dívidas. Caso não o faça, o país decretará moratória, com risco de contagiar a Espanha, Itália e, principalmente, Portugal.
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