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28 de fevereiro de 2012

Nova Ordem Bancária?

BRICS preparam revolução bancária

 
28.02.2012, 19:47
Foto: EPA



Os países que integram o grupo BRICS preparam um golpe bancário de âmbito mundial. Pela primeira vez eles pretendem apresentar uma candidatura alternativa para o cargo de chefe do Banco Central. O “quinteto” busca também a redistribuição mais rápida das cotas no Fundo Monetário Internacional e resolveu estudar a iniciativa da Índia de criação do banco Sul-Sul .

Os representantes do Brasil, Rússia, Índia, China e República Sul – Africana apresentaram a proposta de reformar o sistema bancário mundial na base dos resultados do encontro no México, realizado no quadro das reuniões dos ministros da Fazenda e dos chefes dos Bancos Centrais do grupo G20.
Os financistas do grupo BRICS estão indignados com a regra não oficial, de acordo com a qual o Banco Mundial é chefiado sempre por um representante dos EUA. Eles propuseram avaliar o candidato não em conformidade com a sua nacionalidade mas sim com base nos  seus méritos. O “quinteto” considera a criação de concorrência ao candidato americano uma questão de princípios. Na sua opinião, o candidato não deve ser obrigatoriamente um representante do grupo BRICS, - pode ser um cidadão de algum outro país europeu. Foi decidido preparar durante as duas próximas semanas uma declaração sobre a posição concatenada a este respeito. Ressalta-se que os candidatos ao cargo de chefe do Banco Central devem ser determinados até o dia 23 de março.
Espera-se que a 29 de março os líderes do grupo BRICS ponham em funcionamento o mecanismo de concatenação das posições a respeito da proposta da Índia de criar o banco Sul-Sul, concebido como instituição de apoio aos países com mercados emergentes. Os países do grupo BRICS irão desempenhar um papel essencial no tocante às cotas de votos. Isto quer dizer que eles deverão assumir importantes compromissos orçamentários. Trata-se de um projeto muito prometedor mas que requer, no entanto, uma cuidadosa análise, – assevera o presidente da Corporação Financeira Russa, Andrei Nechaiev.
"Por enquanto, há mais perguntas que respostas. Quem irá financiar este banco? Quem irá usufruir dos créditos? É possível que o número dos que desejam receber um crédito seja bem maior do que o número dos que desejam financiar o banco. Mesmo assim, esta nova instituição corresponde às exigências do desenvolvimento mundial. Os países – integrantes do grupo BRICS necessitam de investimentos e não somente de dinheiro, mas também de novas tecnologias, de métodos de gestão empresarial e de inovações. Aliás, por enquanto não está bem claro como poderá este banco, - caso seja criado, - ajudar a resolver este problema".
Em qualquer caso, a iniciativa da Índia de criar o banco Sul-Sul é uma tentativa dos países do grupo BRICS de pôr o seu “tijolo” no prédio do novo sistema financeiro mundial. Eles pretendem ocupar lugares neste mundo em conformidade com o seu peso global. A cota do Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, – grupo de países em plena emergência, – ultrapassa 21% da produção mundial. O total das suas reservas de divisas supera 4 trilhões de dólares.
Esta última circunstância permite “lançar uma pedra” contra o regime financeiro criado pelo Ocidente. Trata-se da intenção do grupo BRICS de elevar o seu papel no Fundo Monetário Internacional. Os países – membros do BRICS estão prontos a discutir a questão de consolidação do financiamento do fundo, em particular, a fim de ajudar a União Européia a sair da crise. Ao mesmo tempo, pretende-se rever as cotas do fundo. Esta iniciativa requer não somente a redistribuição dos fluxos financeiros mundiais mas também a redistribuição dos votos aquando da tomada das decisões do Fundo Monetário Internacional. Agora quase metade dos votos pertence aos países – membros da União Européia e aos EUA, enquanto que o grupo BRICS dispõe apenas de 10% dos votos. Em 2010 o quinteto conseguiu elevar um pouco a sua cota mas, mesmo assim, as suas posições continuam por enquanto subestimadas. O Ocidente continuará nas suas tentativas de travar a reforma do Fundo Monetário Internacional a fim de impedir que no seu quadro sejam consolidadas as posições dos países com mercados emergentes. Mas, a julgar por tudo, a necessidade de suprir a base de recursos do Fundo Monetário Internacional deve forçar a direção do FMI a reagir de uma forma mais ativa a esta iniciativa do grupo BRICS.

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