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8 de março de 2012

Israel x Irã: Falsa sensação de oportunidade?

08/03/2012 - 17:03


Quatro fatores ajudam a impulsionar o ataque
Nicósia (República de Chipre) - Atreverá Israel um ataque contra o Irã? Em todo caso só existe uma certeza: que favorecem na conjuntura periférica e mundial todas as premissas, a fim de criar a convicção ao Governo Netanyahu de que encontra-se diante de uma oportunidade de ataque a custo gerenciável:
Primeiro, este 2012 é ano eleitoral para os EUA e, apesar da negativa disposição de Barack Obama para envolvimento do país em nova frente de conflitos, é politicamente impossível assumir o custo de dissuadir publicamente um ataque israelense contra o Irã, considerando o papel do lobby filo-israelense.
Segundo, a crise na Zona do Euro tem paralisado qualquer possibilidade de intervenção da União Européia (UE), apesar do fato de que o Velho Continente será convocado a pagar caro demais o custo de uma crise petrolífera que eclodirá em decorrência da escalada política de tensão e muito mais de um eventual ataque de Israel contra o Irã.
Terceiro, a posição linha-dura do Governo de Teerã nas negociações com a comunidade internacional e as sanções que já foram adotadas pela UE poderão colaborar ao esforço de legitimar um unilateral ataque israelense. O duro entrincheiramento da liderança iraniana visa, provavelmente, a criar uma dinâmica de congregação nacional contra o Ocidente, para evitar uma política interna de desconfiança.
Quarto, a ebulição no Grande Oriente Médio, com epicentro hoje a Síria, minimizam na percepção de Israel a possibilidade de envolvimentos paralelos. Quinto, a sangrenta repressão do regime de Assad na Síria dificulta - de antemão - a possibilidade de o governo de Teerã atingir Israel por intermédio do Hezbollah a partir do Líbano.

Hesbollah e Hamas

Na primavera de 1981, Israel destruiu as instalações nucleares do Iraque e alguns depois repetiu a proeza na Síria. Hoje, o desafio em relação com o Irã não se refere, somente, à possibilidade de o Irã adquirir arsenal nuclear, mas tem, também, uma diferença, principalmente, política.
Se o Irã perder a Síria como aliado privilegiado e, simultaneamente, for anulado seu programa nuclear e "amassado" seu papel hegemônico após um ataque israelense, então é muito provável cessar por longo tempo constituir fator de conformação das correlações no Grande Oriente Médio, uma evolução que reverterá tudo a favor dos interesses de Israel.
Assim, após o Egito, em desconhecida duração de introspecção, com a Síria em ruínas de um sangrento conflito e o Irã fora do Grande Oriente Médio, não haverá nenhuma força periférica ou conspiração de países árabes que poderá desdenhar a primazia israelense.
Tudo isso, são questões de trabalho, primeira aposta de alto risco, porque é algo mais que certo que, em caso de ataque israelense, o governo de Teerã esgotará qualquer possibilidade de ação do Hezbollah no Sul do Líbano e do Hamas em Gaza para atingir Israel e provocar não só escalada da periferia da crise no Grande Oriente Médio, mas, também, radicalizar ao máximo a ebulição política e social no Mundo Árabe.

Serbin Argyrowitz
Sucursal do Grande Oriente Médio.

Não a ataque, dizem israelenses
Nicósia (República de Chipre) - Uma ampla maioria de israelenses ou opõem-se a ataque de seu país contra o Irã, ou concordaria, somente, se o ataque fosse realizado com a aprovação dos EUA, revela pesquisa, realizada pela Universidade de Maryland (EUA) e pelo Instituto Dahaf (Israel), divulgada em vista das conversações entre o premiê de Israel, Benjamin Netanyahu, e o presidente dos EUA, Barack Obama, com tema o programa nuclear do Irã.
A pesquisa revela que 34% das 500 pessoas questionadas consideram que Israel não deverá atacar o Irã e 42% que deve atacar, sim, mas somente se os EUA apoiarem esta decisão. Somente 19% consideram que Israel deve atacar o Irã mesmo sem o apoio dos EUA.
Netanyahu e Obama  ( se encontraram ) em Washington na última segunda-feira, em meio a preocupações pelo lado dos EUA de que Israel - que havia advertido que está expirando o tempo por uma eficaz ação militar contra as instalações nucleares iranianas - pode atacar.
Apesar de, tanto Israel, quanto EUA não têm excluído o uso de força militar contra o Irã, autoridades norte-americanas têm declarado, repetidas vezes, que algo assim seria prematuro e poderia desestabilizar o Grande Oriente Médio. 

logormarca do    monitor mercantil

SA

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