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23 de abril de 2012

Mistérios:Um lago da Patagônia chilena desaparece pela segunda vez em um ano


El lago Cachet 2, que ha perdido sus 2.000 millones de litros de agua. | Foto: Gob. de ChileO lago Cachet 2, que perdeu  seus 2.000 milhões de litros de água. | Foto: Gob. de Chile
  • Em menos de 48 horas o  lago perdeu  sua altura e 2.000 milhões de litros
  • Se mantém  o alerta para o aumento do nível de água dos ríos da zona
Os cientistas investigam um curioso fenômeno que ocorre em alguns lagos chilenos patagônicos. O  lago Cachet 2, situado  na conflitiva Região de Aysén, a quase 2.000 quilômetros ao sul de Santiago, sumiu  misteriosamente pela segunda vez neste ano. As estações hidrometeorológicas da Direção  Regional de Águas, pertencente ao  Ministerio de Obras Públicas, adivertiram de que o processo de vazão  se iniciou  sábado 31 de março até as 23.00 horas.
O  organismo anunciou que em menos de 48 horas o lago perdeu seus 31 metros de altura. O rápido rebaixamento dos níveis do Cachet 2 se viu  refletido no incremento do volume do  Río Baker. No setor do  río Colonia, o volume se triplicou, aumentando desde os 1.100 metros cúbicos por segundo até os 3.511 metros cúbicos por segundo.
"Tal como vem se  sucedendo nos últimos anos, o lago se esvazia  de forma cíclica, pelo  que é  um fenômeno relativamente esperado. Como  a Dirección General de Aguas monitoramos constantemente  a situação, o que nos permite informar aos organismos competentes e levantar os alertas necessários nos casos como este", afirmou  Matías Desmadryl, o diretor geral de Águas.
A autoridade afirmou ademais que devido a vazante , o rio Baker continuará aumentando seu nível, pelo  que sugere tomar as precauções necessárias. Cabe destacar que se trata da segunda vez no ano que se registra tal  fenômeno e a décima primera desde que ocorrera pela primera vez em 2008.
Segundo as autoridades chilenas o primeiro vazamento do lago Cachet 2 deste ano finalizou na madrugada de 27 de janeiro. Como consequencia deste feito, cada vez mais comum, a altura do lago Colonia cresceu em 6,6 metros e o rio Baker chegou a ter um volume de mais de 3.000 metros cúbicos por segundo.

Um túnel de gelo subterrâneo

Não estão de todo claras as causas pelas quais se esvazia o lago Cachet 2. No entanto, se presume que o suposto aquecimento global tenha muito a ver. Faz alguns anos, que o  excessivo e pouco habitual calor sobre o  Glaciar Colonia, que funciona como um dique natural do lago contendo  água, produz a ruptura do gelo. Quando uma das frestas do glaciar Colonia cede ante a pressão do lago cheio, à água flui em  poucas horas por um túnel subterrâneo de oito quilômetros de extensão, até terminar no  lago vizinho, ao Colonia. ’ O fenômeno do esvaziamento repentino é conhecido como 'glof' (Glacial Lake Outburst Flood), um violento desemboque  de um lago glaciar produzido tanto por uma erupção vulcânica (Jökulhlaup), ou como no caso do Cachet 2, por uma invisível fresta capaz de causar um 'tsunami fluvial'.
Os primeiros em postular a tese de 'glof' foram os glaciólogos Andrés Rivera y Gino Casassa, quem sustentaram que "o esvaziamento é um fenómeno natural nos  glaciares", favorecido pelas altas temperaturas que durante o verão boreal sobrepassam durante muitos dias os 33 graus Celsius, algo cada vez mais normal na Patagonia.
Segundo os glaciólogos, as massas de gelo ficam flutuando sobre a formação lacustre e abrem o  citado túnel, pelo qual se escorre à água. Este fenômeno é  habitual no Chile e  América do Sul. Desde 1950  evidencias de processos similares, porém  se pensava que a ocorrência poderia estar aumentando sob produto das mudanças climáticas. Assim mesmo, explicou que à  água não desaparece, e sim  que modifica seu ciclo.
O  lago Cachet 2, com 2.000 milhões de litros de água, voltou a desaparecer dos Campos de Hielo Norte. Agora os lugarejos temem que o rio Baker, o mais caudaloso do Chile, aumente seu volume e produza danos as suas propriedades. A Dirección General de Aguas anunciou que vai fazer um  monitoramento contínuo do fenômeno através das estações da rede hidrometeorológica para informar sobre qualquer mudança no comportamento do lago.
Tradução e adaptação-Daniel UND 

http://www.elmundo.es

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